sábado, 16 de outubro de 2010

IBM e Oracle se unem para bombar o Java

A Oracle e a IBM anunciaram nesta semana uma parceria para colaboração no projeto OpenJDK, implementação de código aberta da linguagem de programação Java.

A intenção é fazer do OpenJDK o principal ponto para desenvolvimento do Java Standard Edition (Java SE), o Java Development Kit (JDK) e o Java SE Runtime Environment (JRE).

“A colaboração entre IBM, Oracle e outros integrantes da comunidade Java no OpenJDK vai acelerar a inovação na plataforma Java”, disse Rod Smith, vice-presidente de tecnologias emergentes da IBM.

Em nota, a Oracle informa que o Java Community Process (JCP) continuará a ser o principal órgão normativo para o trabalho de especificação de Java e será aprimorado pelas duas empresas continuamente.

O recém-anunciado roadmap (plano de ação) de desenvolvimento do OpenJDK, que acelera a disponibilidade do Java SE em toda a comunidade de código aberto, será mantido.

Java é uma linguagem de desenvolvimento de software para uso geral, especificamente criada para ser aberta e permitir que os desenvolvedores "escrevam uma vez e executem em qualquer lugar."

A linguagem é usada mais amplamente em aplicativos empresariais, móveis e da web. As aplicações possíveis vão de jogos a softwares para cálculo de impostos.

Segundo a Oracle, a plataforma Java já atraiu mais de 6,5 milhões de desenvolvedores de software e está presente em mais de 4,5 bilhões de dispositivos, incluindo PCs (800 milhões), portáteis, como celulares (2,1 bilhões), além de cartões inteligentes (3,5 bilhões) e outros dispositivos, como impressoras, webcams e até terminais lotéricos.

Diovane Monteiro

Crowd computing: a revolução da computação colaborativa

Surge um conceito que, segundo especialistas, representa um complemento à nuvem e é baseado no uso de inteligências coletiva e artificial. Para o pesquisador da UFF Carlos Nepomuceno, a abordagem marca a utilização de ferramentas que vão revolucionar o modo como o ser humano interage com a informação.

Não é apenas o conceito de cloud computing que está em evidência. Defendido recentemente pelo docente Srini Devadas, do Michigan Institute of Technology, o termo batizado de "crowd computing" traz uma nova abordagem para o universo da tecnologia. Segundo Devadas, a "crowd computing" é um complemento à computação em nuvem e é descrita como bilhões de humanos ligados à internet, analisando, sintetizando e criando diversos dados por meio da relação máquina cerebral e computadores. No Brasil, o novo conceito ainda não está tão difundido como o de cloud computing, mas já vem despertando o interesse dos estudiosos.

"O termo 'crowd' significa multidão, e 'crowd computing' representa uma produção em massa por meio da colaboração. Dentro desse conceito, temos algumas vertentes de interpretação e aplicação", explica o pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF) Carlos Nepomuceno.

"Tivemos, até hoje, três revoluções da informação, a primeira foi a fala, a segunda foi a criação da escrita, e a terceira foi a chegada do computador. Todas elas modificaram a forma como nos relacionamos com a informação. A próxima revolução informacional é a que estamos começando a experimentar, e ela traz a interação entre pessoas e robôs que serão capazes de decidir sozinhos a partir do que aprenderem com os humanos", enfatiza Nepomuceno, que também é professor do MBA de Gestão de Conhecimento do Centro de Referência em Inteligência Empresarial (Crie) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ).

A proposta da "crowd computing" não é substituir as pessoas por máquinas, mas unir inteligências artificial e humana para criar soluções facilitadoras para a vida moderna. Entre as práticas ou produtos, alguns já aplicáveis e outros ainda em estudo, estão os programas capazes de responder e-mails e de criar padrões sofisticados de busca de acordo com o estipulado por cada usuário; os sistemas computacionais que abrem e fecham acostamentos de estradas de acordo com o fluxo de veículos; e a criação de planos de evacuação e socorro a vítimas de desastres naturais com base apenas em diálogos entre internautas e no grande número de dados disponíveis na nuvem.

Abordagem ampla
O conceito aplica-se ainda a outras vertentes. "O uso de plataformas que sustentam comunidades online de troca de conhecimento também pode ser chamado de 'crowd computing'. As diversas redes sociais, por exemplo, são espaços que estimulam a inteligência coletiva", acrescenta Carlos Nepomuceno, que também é consultor em projetos de implantação de redes sociais para diferentes instituições, entre elas, a Petrobras.

E a aplicação do conceito não termina aí. A "crowd computing" também é utilizada para denominar o uso compartilhado de memórias de computadores. "Você disponibiliza arquivos na sua máquina e, a partir de um servidor que identifica onde estão os arquivos de todos, outras pessoas podem fazer uma busca, entrar dentro da sua máquina e baixar aquela informação que você liberou", explica Nepomuceno.

"Outra possibilidade é o uso coletivo dos processadores. Quando alguém precisa de um processamento muito grande para determinada atividade, que só um supercomputador poderia fazer, outras pessoas podem ceder partes do processamento de suas máquinas, quando elas não estiverem sendo utilizadas e, assim, essa soma de computadores executam a atividade que aquela primeira pessoa precisava processar", completa o professor.

Crowd computing e inclusão digital
Ao se refletir sobre "crowd computing", uma computação descrita para atender e conectar bilhões de pessoas, uma pergunta inevitavelmente entra em questão: como falar em robôs e em uma multidão conectada à internet quando a maioria dos cidadãos ainda estão excluídos do universo digital?

"Temos hoje no mundo sete bilhões de habitantes, sendo que apenas 1 bilhão usa ou já usou alguma vez a internet. Ou seja, temos seis bilhões de pessoas que não têm acesso ao computador. Toda vez que temos uma revolução da informação, quanto mais a pessoa não usa as novas ferramentas que essa revolução traz, mais ela fica excluída, sem chances de avançar, trocar informações e ampliar seus senso crítico e poder de decisão", enfatiza Carlos Nepomuceno. "Alguns chamam essa revolução, que está começando a aparecer, de web 4.0, web inteligente, ou web dos robôs. Independente da denominação que se dê, essa mudança representa um novo momento muito importante para a humanidade. E é por isso que precisamos rever outros conceitos, como o de democracia. Não há democracia se houver excluídos", conclui Nepomuceno.

O que é OpenSocial?

OpenSocial é um conjunto de API's, mantido pelo Google e por outros sites, cujo objetivo principal é poder desenvolver aplicativos que interagem com redes sociais.

A grosso modo, com o OpenSocial é possível incrementar um site. Por exemplo, jogos em flash no seu orkut. Ou ainda, um msn no seu Ning.

Algumas redes sociais abertas às tecnologias OpenSocial são hi5, LinkedIn, MySpace, Ning, orkut... entre outras.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Atualização Ruby on Rails corrige vunerabilidade

Os desenvolvedores do Ruby on Rails lançaram as versões 3.0.1 e 2.3.10 do framework para corrigir uma vulnerabilidade que travava alguns atributos, especificamente o uso do accepts_nested_attributes_for.

O problema permitia que um invasor manipulasse formulários de entrada e fizesse mudanças arbitrárias nos registros do sistema. Os desenvolvedores alertam que todos usuários que estejam utilizando um release afetado devem realizar a atualização imediatamente.

Caso um aplicativo não utilize o accepts_nested_attributes_for ou utilize uma versão do Rails anterior à 2.3.9, ele não é afetado pelo problema.

A versão 2.3.10 é um release regular da série 2.3 do Rails, e a 3.0.1 contém apenas uma correção de segurança. Usuários que não conseguirem atualizar imediatamente podem acessar pacotes neste link.

Diovane Monteiro

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Retenção de talentos é prioridade para CIOs em 2010

Para as empresas que durante a crise cortaram gastos e pessoas sem pensar na retomada da economia, as perspectivas não são das melhores. De acordo com analistas do mercado, os funcionários que se sentiram muito prejudicados e sem o apoio de seus gestores nos últimos meses deverão procurar novas oportunidades profissionais assim que possível.

Como reflexo dessa realidade, uma pesquisa realizada com 1,4 mil CIOs de todo o mundo pela consultoria em recrutamento de executivos Robert Half aponta que 43% desses profissionais avaliam a retenção de talentos como prioridade em 2010. Para manter os colaboradores, 21% dos gestores de TI planejam irão oferecer mais programas de treinamento e desenvolvimento profissional às equipes.

“Os líderes devem estar focados em manter seus funcionários motivados no trabalho”, afirma Dave Willmer, diretor-executivo da área de tecnologia da Robert Half, que complementa: “A retenção de talentos certamente será o maior desafio de 2010, já que muitos colaboradores tiveram suas remunerações diminuídas este ano e, por isso, sentem-se sobrecarregados e pouco valorizados pela companhia na qual atuam.”

O documento publicado pela consultoria sugere algumas iniciativas – as quais devem ser iniciadas imediatamente – para que os gestores consigam manter suas equipes intactas. Entre essas ações encontram-se: realização de treinamentos e projetos para o desenvolvimento de carreira dos colaboradores e a oferta de melhores cargos àqueles que se destacaram na época de crise.

Além disso, a pesquisa aconselha que os gestores prestem mais atenção nos projetos considerados desafiadores ou importantes para os membros de seu departamento e, então, reconheçam quando os envolvidos nessas iniciativas realizarem um bom trabalho.

Ademais, segundo o estudo, os líderes devem estabelecer mais comunicação com seus colaboradores, bem como encorajar o trabalho em equipe e promover o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal dos funcionários.

“As empresas devem se vender para seus colaboradores da mesma forma que fazem quando buscam contratar alguém”, diz Willmer.

Mesmo que já seja tarde para muitas empresas tentarem manter suas equipes, algumas companhias conseguiram aprender com outras crises e mantiveram seus quadros de funcionários intactos em 2009, já de olho nas oportunidades que viriam à tona no próximo ano.

E, segundo um estudo global realizado pela área de TI da consultoria Deloitte, aquelas que não se anteciparam e olharam para o futuro durante o turbilhão das épocas instáveis enfrentarão sérios problemas nos próximos meses.

“As empresas nas quais a tecnologia é determinante para os resultados do negócio precisam sempre estar atentas à retenção de talentos, já que a oferta de profissionais especializados em TI é relativamente pequena em comparação com a demanda das organizações”, afirma Jeff Schwartz, diretor de capital humano da Deloitte.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

As competências mais desejadas no gestor de TI

Os CIOs precisam equilibrar conhecimento técnico e de negócios, com uma boa capacidade de comunicação, gestão de pessoas e um perfil inovador

Quanto mais a empresa considera a TI como uma área estratégica, menos valoriza competências técnicas para o CIO. Isso não significa, no entanto, que o gestor da área de tecnologia da informação pode se dar ao luxo de deixar de lado os conhecimentos específicos da sua área.

Assim como os super-heróis das histórias em quadrinho, o CIO precisa ter várias identidades. No momento em que ele está sentado em frente ao board, deve assumir uma postura e um discurso totalmente orientados aos negócios. Já quando encontra-se na mesa de negociação com fornecedores ou conversa sobre o escopo de um determinado projeto com sua equipe, tem de resgatar a bagagem de conhecimentos técnicos.

Essa multiplicidade de visões também se aplica às competências exigidas dos CIOs. Isso porque, além da identidade técnica e de negócios, os profissionais são cobrados por sua capacidade de atender às demandas das diversas áreas da companhia e por gerenciar a equipe de TI e os fornecedores. Além disso, eles precisam encontrar tempo para idealizar produtos e serviços inovadores.

Equilibrar essas diferentes tarefas representa um fator crucial para o sucesso dos gestores de TI. Prova disso é que muitos CIOs foram demitidos ou deixaram a companhia no período de crise por conta da dificuldade em se adequar às novas expectativas das organizações, de acordo com a vice-presidente da consultoria Gartner para América Latina, Ione Coco.

A seguir, seguem as competências essenciais para os CIOs, na visão de especialistas e de profissionais que atuam no setor:

Conhecimento do negócio – Por mais interessantes que as tecnologias pareçam para a equipe de TI, os argumentos técnicos não podem ser utilizados para justificar um projeto para a diretoria e as demais áreas da organização. Assim, os CIOs devem conhecer a fundo o negócio da companhia para entender como as iniciativas da sua área estão alinhadas aos objetivos da organização e quais os resultados práticos esperados.

“Um projeto de TI é um investimento como qualquer outro da empresa e, em muitas ocasiões, pode inclusive concorrer com as demais áreas”, afirma o gerente de sistemas da Basf no Brasil, Ricardo Crepaldi. “Uma reestruturação de parque tecnológico, por exemplo, necessita estar alinhada à necessidade de crescimento da empresa. Não faz mais sentido trocar só por trocar.”, acrescenta o executivo.

Capacidade de comunicação – No dia-a-dia das organizações, boa parte das atividades de TI passa despercebida pelos funcionários da companhia. Na realidade, o CIO e a sua equipe só são lembrados em situações negativas, como quando o sistema cai ou o computador para de funcionar. Com isso, a imagem do trabalho da área de tecnologia da informação fica prejudicada dentro das organizações. E o pior, essa percepção chega até o board da companhia, o que reflete diretamente no humor de investimentos em novos projetos.

O CIO que pretende reverter essa situação precisa estar preparado a estruturar uma melhor comunicação de sua área com todos os stackeholders da organização. Para tanto, precisa investir em ferramentas que o ajudem a divulgar as iniciativas de TI a toda a companhia, bem como criar um canal para que os diversos usuários consigam expressar opiniões sobre produtos e serviços oferecidos pela equipe de tecnologia.

Gestão de pessoas – Os resultados da área de TI também estão diretamente relacionados à capacidade que o CIO tem para recrutar, reter e desenvolver seus colaboradores. Assim, a sócia da consultoria brasileira Career Center – especializada em gestão estratégica e recolocação profissional –, Karin Parodi, aconselha que esses profissionais estejam atentos à gestão de pessoas e não deleguem essa função apenas para a área de recursos humanos.

Essa capacidade de gestão e motivação das equipes é essencial a qualquer profissional em posição de liderança, mas tende a ser ainda mais crítica na TI, uma vez que trata-se de um setor no qual faltam pessoas capacitadas e, portanto, a retenção de talentos é essencial.

Perfil inovador – Quando buscam um profissional para ocupar a posição de CIO, as empresas buscam pessoas com postura voltada à inovação, de acordo com a diretora de TI e telecom da consultoria brasileira de recrutamento de executivos Fesa, Ana Luiza Loureiro Segall.

“Na prática, isso seria, por exemplo, representado por um CIO que, antenado aos lançamentos do mercado no qual atua, percebe uma nova maneira de se relacionar com os clientes e leva essa sugestão à área de marketing”, exemplifica Ana Luiza.

Conhecimento técnico – Um levantamento realizado pela consultoria norte-americana Diamond Management & Technology apontou que um dos pecados que o CIO comete é distanciar-se do conhecimento técnico. De acordo com o estudo, sem essa habilidade, o profissional não consegue saber como o departamento de TI pode contribuir com as demais áreas da organização e não consegue liderar sua própria equipe.

Na mesma linha, uma pesquisa realizada pelo diretor de tecnologia da informação da Halliburton no Brasil, Etienne Vreus, com 111 gestores de TI de empresas brasileiras, aponta que o conhecimento técnico é uma das sete competências essenciais ao CIO atualmente.

Fonte: CIO

Fornecedores integram redes sociais a solução de CRM

Plusoft e Navita são parceiras na criação de ferramenta que reúne os dados de redes sociais e de tecnologia de gestão de relacionamento.

A desenvolvedora de soluções para CRM Plusoft lançou, em conjunto com a empresa de tecnologia especializada em aplicações web Navita, a ferramenta Portal Plus, que tem objetivo de aprimorar relação com consumidores via recursos da web.

O Portal Plus integra o Navita Portal, que coleta informações de diversos canais da internet para desenvolver estratégia negócios, e a tecnologia da Plusoft, permitindo construção, gerenciamento e coleta de informações de redes sociais para a criação de perfis mais precisos e maior aproximação com clientes.

Fonte: Computerworld

O Portal Plus também permite customização da navegação de acordo com as preferências do cliente, com acesso a grupos específicos, como parceiros de negócios, consumidor final ou colaboradores. A ferramenta já foi implementada ao portal corporativo da Plusoft, que está no ar desde setembro.